Às vezes, ficamos quietos, na ilusão de que estamos bem e de que a vida é assim mesmo, como a conhecemos. Nem sempre nos damos conta de que pode haver o próximo nível, o degrau que decidimos não ver e não subir. Instalados no patamar de baixo, vivemos os dias com a convicção de que somos como estamos.

Tomar a decisão de iniciar o processo de transformação é o princípio da consciência e da procura de uma nova identidade.

Ultrapassar as marcas pode passar por decidir subir o degrau, tomar consciência de que há capacidades que ainda não desenvolvemos e que, se as trabalharmos, podemos começar a mudança.

Tomar a decisão de iniciar o processo de transformação é o princípio da consciência e da procura de uma nova identidade. Muitas vezes tomamos a realidade que vivemos como a única possível. O medo do desconhecido provoca a estagnação pessoal e profissional e isso pode fazer a nossa vida muito cómoda, mas muito desinteressante para quem quer subir e não sabe como.
A forma como vamos sobrevivendo e nos vamos adaptando deixa as marcas da rotina dentro de tudo o que fazemos, como se já não fosse possível subir as escadas, ou porque não as vemos ou porque estamos cansados.

As pessoas prisioneiras da sua experiência mantêm padrões de comportamento conhecidos, têm menos facilidade em ultrapassar as marcas da vida, das crenças, dos medos e dos preconceitos. Seguras de que não existem alternativas, seguem em frente, com a certeza de que podem empurrar a parede e esquecendo-se que, ali ao lado, há uma porta que não querem abrir porque não sabem onde as conduz.

Acreditar que existem sempre degraus para subir, independentemente da condição, da idade ou das circunstâncias, é proporcionar a si mesmo a possibilidade de crescer e descobrir que, ultrapassando as marcas, pode ir muito mais longe.

Paula Capaz

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